terça-feira, 30 de janeiro de 2018

alguns dados em jeito de explicação para uma nova abordagem à poesia visual







exigem-se algumas explicações prévias no que a este blogue concerne.
primeira - a sua estrutura:
o layout deste blogue ,muito embora ,concebido na sequência poético-visual do dois blogues "metalinguagem dos ritmos" e de "linguagens imersíveis" ,segue um novo ritmo ,utilizando um grafismo novo e diferente .obedece a regras gráficas diversas dos dois anteriores .e neste aspecto do grafismo é inovatório .aliás ,o objectivo experimental deste "estruturalismos poético-visuais..." é de tal modo diferente dos dois primeiros que um outro layout se impunha ,razão porque não hesitei em "usar nova roupagem" 
segunda - a sua linguagem:
não procura ,de todo ,facilitar a vida ao leitor/visualizador/autor .antes pelo contrário .é meu mister convidá-lo a um percurso comum ,que trilhará ou não ,conforme a sua disposição .todavia ,não conte com facilitismos de minha parte porque não os terá
terceira - inexistência de regras:
não obedecerei a regras ,comuns a técnicas de escrevinhação/visual .a minha poética ,mesmo neste caso ,é um trilho de experimentações que imponho ,apenas a mim ,sem quaisquer preocupações de respeitar ou seguir este ou aquela ,por muito que os admire .uso a minha imaginação para criar o que me interessa .com uma certa dose de anarquia assumida e sem o mínimo respeito a críticas de intenção 
limitei-me ,neste novo desafio que ,ora ,me apaixona ,trazer dos dois anteriores blogues ,um único verso  - "os olhos dos pássaros ( azuis ) deslizam pelas palavras" - que neste acolhe pousio .perguntam porquê? responder-vos-ei ,apenas ,com uma nova pergunta - acaso ,as" alucinações" têm explicação racional?

mas

estou ,absolutamente ,de acordo com quem  um dia escreveu que a poesia visual ,composta por elementos gráficos organizados artisticamente ,exige ,para sua interpretação ,reflexão ,e ,que é um tipo de poesia em que as imagens e os símbolos são dispostos de tal forma que o elemento visual assume o papel preponderante ,não dependendo de outros para se caracterizar como poema .é um género artístico de pequeno formato que utiliza alguns-poucos elementos – a disposição gráfica ,pouquíssimas palavras ,letras ou imagens – e tem ,por si só ,a capacidade de produzir um inusitado impacto visual .a mensagem é captada pela visualização de certos aspectos que podem ser lúdicos, sonoros e/ou visuais ,e ,ao  representar pensamentos, sentimentos, histórias, experiências pessoais ou colectivas ,dá azo à dimensão estética que o Homem vem procurando ,há milhares de anos, através de diversos formatos e motivações
.as principais influências da poesia experimental portuguesa encontram-se nas experiências matemático-combinatórias de Max Bense, nas reflexões de Mallarmé ,nas tentativas de Ezra Pound ,no sentido de assimilar os recursos da escrita ,na teoria de W. Empson ,sobre a ambiguidade poética, etc. ,sendo que estas influências convergiram nos teorizadores e críticos portugueses da poesia experimental, como ,entre outros ,M. S. Lourenço ,Gastão Cruz ,António Ramos Rosa e Herberto Helder que  pode ser considerado ,também ,um poeta teorizante ou experimental ,uma vez que na sua obra, a poética e o poema envolvem-se num circuito fechado que dá origem a inúmeras sinestesias

à laia de conclusão:
estas minhas experiências virtuais ou exercícios visuais ,consignados no presente blogue ,mais não são do que um novo desafio ,uma tentativa – mui experimental – de relacionar a expressão visual ,promovendo ,entre mim e quem "lê/interpreta/vê/reflecte" a reflexão ,a interpretação ,a leitura ,a escrita e a crítica ( desde que construtiva )


.sejam ,portanto ,bem vindos ,mas ,cuidado ,não tropecem nos degraus!!!...






tinta













viagem













segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

criação













domingo, 28 de janeiro de 2018

preambulando











apesar de não ser  apologista  de definições e espartilhos ,remexendo em velhas Revistas ,descobri  algumas frases sobre a Poesia Experimental que não resisti  em trazer à baila neste novo espaço dedicado à poesia experimental. aliás ,esse é o meu objectivo .dar voz a  quem muito admiro .começo com António Aragão: - "A poesia experimental, também chamada de poema-objecto está voltada para a exploração dos aspectos gráficos, onde o escritor pretende preencher o espaço em branco oferecido pelo papel, mediante uma íntima relação entre a palavra, a sonoridade e a imagem. Por esse motivo, a poesia experimental/concreta é visual, vanguardista e não-formal, sendo, portanto, destituída da estrutura poética: da metrificação e da versificação."
por seu lado ,Ernesto Mello e Castro escreve "A poesia experimental é produto de uma evolução crítica de formas que dá por encerrado o ciclo histórico do verso (unidade rítmico-formal). Assim,  o experimentalismo começa por tomar conhecimento do espaço gráfico como agente estrutural, e define-o como um espaço qualificado; isto é, uma estrutura espaço-temporal em vez de desenvolvimento meramente temporístico-linear. daí a importância do ideograma, desde o seu sentido geral de sintaxe-visual, até ao seu sentido específico".
aos Mestres ,as definições ou suas tentativas .a mim ,apenas ,mais algumas experimentações visuais.